Incrível como o olhar crítico muda tudo.
"Gastei" esse final/começo de semana assistindo os 2 shows mais mega-divulgados por aqui. Foi quase massacrante a cobertura (e por que não dizer indução) que fez com que os grupos se transformassem em semi-deuses e não saíssem da telinha em momento algum.
No caso dos Stones confesso que fui picada pela curiosidade já que nunca fui fâ do grupo, nunca assisti a um show e quis ver o que fazem as pedras rolarem (desculpem o trocadilho!). Do U2 foi diferente. Eles foram a trilha sonora do meu 2o grau (ensino médio, hoje).
Comparar? Impossível e inevitável.:
Stones: de graça
U2: R$ 200,00 o mais barato.
Stones: 1.200.000 pessoas na praia de Copacabana
U2: 75.000 pessoas no Morumbi.
Stones: Mick Jagger, 62 anos, com fôlego de 20, quicando para todo o lado (fiquei de cara com o gás do sujeito! Ele não parou até a última música!!) Kaith Richards com cara de overdose e cigarro pra todo lado e mais dois outros que não lembro o nome: o baterista com cara de funcionário público (deve ser o mais doido :P )e o guitarrista ou baixista com jeito de andrógeno luz.
U2: Bono Vox nos seus 40, indo, vindo e trocando figurinha com a galera o tempo todo, Larry com pose de modelo da Vogue, The Edge quebrando tudo com o jogo de guitarra e voz e Adam discreto como de costume.
Stones: publico tão distante que não dava para ver direito
U2: Um providencial telão que levou ao delírio o público que cantou, pasmem, TODAS AS MÚSICAS, em tom claro e audível até no sofá de minha sala. Eles me fizeram arrepiar só de pensar em estar lá no meio!!! (coisa que hoje passa anos luz da minha mente).
Stones: please to meet you, hope you gess my name - Simpathy for de Devil, Brown Sugar, I can get no Satisfaction...
U2: I have spoke with the tong of an angel, I have held the hand of a devil... but I Still Havent Found What I'm Looking For, They could not take your Pride, One more in the name of love... e tantas outras!
Stones: "Que linda noite para um show han"
U2: Muitas frases com direcionamento para a união entre as pessoas e a Declaração dos Direitos Humanos em português passando no telão muralha.
Stones: cochilos no final do show.
U2: fui dormir pensando nisso tudo que está escrito aqui.
Conclusão:
Continuarei vivendo sem os Stones. Se já não me interessava antes, hoje menos ainda. Eu já encontrei muita satisfação em Deus para perder tempo adorando um anjo caído.
Continuo gostando muito do U2. Embora não fosse mais a um show pois meu sofá é bem mais confortável. Suas letras são inspiradoras sobre o que acho que Deus quer instigar em nós. Na verdade os achei quase uma banda gospel pela quantidade de citações bíblicas nas músicas. Mas hoje eu vejo que a solução não está mais nas mãos dos homens pelo simples fato de que quem pode não quer efetivamente e quem quer não pode. O Bono é ativista, traz consciência, balança o pensamento da gente assim como muitos o fazem e fizeram há séculos mas isso não é suficiente para mudar o caráter distorcido do ser humano. No final das contas estamos sempre querendo sair com a melhor parte, seja em um relacionamento simples como o casamento, seja num relacionamento entre presidentes ou, porque não, entre um cantor e um presidente. Somente o fabricante tem esse poder. Mas Ele deixou a dica:
"E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:
Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. "
Mateus 22:35-39
Sem esse amor, que é um mandamento e não um sentimento como ignorantemente achamos, "não sou mais que uma jaca", como diria um amigo meu.
Vale a pena pensar e gastar tempo nisso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário